Foi publicada no último dia 13 de junho a decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que mantém a prisão preventiva do advogado Thiago Barbosa, sobrinho do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa.
A decisão, proferida no dia 9, negou um agravo regimental impetrado pela defesa de Thiago, conduzida pelo ex-promotor Luiz Francisco. Na prática, isso significa que o advogado continuará preso enquanto outros investigados na mesma operação seguem em liberdade mediante medidas cautelares.
De acordo com o ministro Zanin, a manutenção da prisão se justifica porque a situação de Thiago seria diferente dos demais envolvidos. Para ele, os outros acusados foram beneficiados com liberdade provisória, pois, segundo a avaliação do magistrado, apresentam condições distintas da do sobrinho do governador.
O fato curioso e que chama atenção no meio jurídico e político é que Thiago Barbosa permanece como o único preso, apesar de a investigação citar nomes de peso, incluindo advogados renomados, juízes, desembargadores e até ministros de cortes superiores.
Diante desse cenário, a decisão parece reforçar a tese de que Thiago seria, segundo a lógica da investigação, o “grande chefe” da organização criminosa, reunindo características como “alta periculosidade” e suposta liderança sobre os demais citados.