O Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO) instaurou o procedimento preparatório nº 118/2025 para investigar graves acusações de corrupção na gestão da Câmara Municipal de São Bento do Tocantins.
O alvo principal é o atual vereador mais bem votado na ultima eleição e ex-presidente da Câmara, Aderson Araújo Rodrigues, popularmente conhecido como ‘Adelsin do Povo’, ele está sendo acusado de liderar um esquema de desvio de verbas públicas por meio de contratos fraudulentos e manutenção de servidores fantasmas.
O relatório, baseado na análise do Tribunal de Contas do Estado (TCE), aponta que entre os anos de 2021 e 2024, cerca de R$ 572.172,01 foram desviados dos cofres públicos. As verbas, segundo as investigações, teriam sido utilizadas para fins pessoais, incluindo a reforma da residência do presidente e o financiamento de sua campanha de reeleição.
Entre os envolvidos no escândalo, destacam-se nomes como Lucas Macedo Gomes, acusado de desviar materiais para reforma da casa de Adelsin; Thaynne Macedo Gomes, ligada a notas frias; e Greida Barbosa Gonçalves, suposta servidora fantasma que segundo a denúncia ela afirmou nunca ter prestado serviço para a câmara e que devolvia o salário integral para o presidente Adelson.
Além disso, outros nomes surgem na lista de suspeitos de terem participado do esquema, aumentando a complexidade do caso, como é o caso de Lavinia Nascimento da Silva citada como funcionária que fazia parte do esquema de rachadinha de salário, Fabion Nogueira da Silva, pedreiro que trabalhou na reforma e ampliação da casa de Adelsin do Povo, Maria Fernanda Barbosa da Silva Aguiar, servidora que prestou serviços por 15 meses entre 2023 e 2024, e segundo consta na denúncia, a mesma alega que recebia pouco mais de 400,00 reais por mês.
A investigação busca agora aprofundar a apuração das denúncias, com diligências que incluem a digitalização de documentos e a certificação do cumprimento de todas as medidas solicitadas. O MPTO ressalta que as irregularidades mencionadas são apenas a ponta do iceberg, e que novas deliberações serão tomadas após a conclusão das etapas iniciais.
Se as acusações forem confirmadas, será um escândalo em São Bento do Tocantins representando um duro golpe para a ética na política local, levantando questões sobre a transparência e a responsabilidade dos gestores públicos.