Os trabalhadores do consórcio responsável pela reconstrução da Ponte Juscelino Kubitschek, em Estreito, na divisa entre Maranhão e Tocantins, deflagraram greve nesta quarta-feira, 5 de novembro. A paralisação ocorre em um momento decisivo, já que a obra está próxima de ser concluída, com previsão de entrega para dezembro.
De acordo com os funcionários, a decisão foi tomada após diversas tentativas frustradas de negociação. Entre as principais reivindicações estão melhorias salariais, pagamento de horas extras, adicional de insalubridade e o cumprimento de direitos trabalhistas que, segundo eles, não vêm sendo respeitados pelo consórcio.
A greve pode comprometer diretamente o cronograma de entrega da ponte, considerada essencial para o tráfego entre os dois estados e para o desenvolvimento econômico da região. Caso não haja acordo nos próximos dias, a inauguração poderá ser adiada.
A reconstrução da Ponte JK ganhou grande repercussão após o desabamento em 22 de dezembro de 2024, tragédia que deixou 14 mortos e 3 desaparecidos. Desde então, a obra se tornou prioridade para as autoridades, dada sua importância para o transporte de moradores, estudantes, profissionais e para o escoamento de mercadorias.
Até o momento, o consórcio responsável não divulgou nota oficial sobre as reivindicações ou sobre os impactos da paralisação no calendário final. Os trabalhadores afirmam que manterão a mobilização até que haja uma proposta concreta de negociação.
A expectativa da população agora se volta para a possibilidade de diálogo entre as partes, evitando novos atrasos em uma obra de grande relevância social e econômica para Maranhão e Tocantins.