Na tarde desta segunda-feira (7), João Vitor Xavier, prefeito de Igarapé Grande (MA), se apresentou à Polícia Civil do Maranhão, na Delegacia Regional de Presidente Dutra, para prestar depoimento sobre a morte do policial militar Geidson Thiago da Silva. O crime ocorreu na noite de domingo (6), durante uma vaquejada em Trizidela do Vale, a 347 km de São Luís.
Acompanhado por seus advogados, o prefeito alegou legítima defesa ao atirar no PM. Após ser ouvido, foi liberado, pois apresentou-se espontaneamente, o que, segundo a Polícia Civil, impede a prisão em flagrante. Ricardo Aragão, superintendente de Polícia Civil do Interior, informou que a arma do crime ainda não foi entregue, mas as autoridades estão em busca do objeto.
Imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas para elucidar os fatos. Segundo relatos, a confusão teria iniciado quando o PM pediu que o prefeito diminuísse a luz dos faróis de seu carro, que estaria incomodando os presentes. Testemunhas afirmam que, durante a discussão, o prefeito sacou uma arma e disparou contra Geidson, que estava de folga.
O policial foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Timon para perícia. A defesa do prefeito, representada pelo escritório Daniel Leite & Advogados Associados, afirma que os fatos estão em fase preliminar de apuração e que João Vitor Xavier está disposto a prestar todos os esclarecimentos necessários.
A Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM) e a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) lamentaram o ocorrido e manifestaram solidariedade à família do policial. O caso segue sob investigação para determinar os próximos passos judiciais. A Polícia Civil tem dez dias para finalizar o inquérito e decidir sobre um eventual pedido de prisão preventiva do prefeito, que possui foro privilegiado e responderá em tribunais superiores.