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Araguatins: Movimento Ligado ao MST interdita TO-404 Para Cobrar Vistoria do INCRA em Fazendas Prometidas

Na manhã desta segunda-feira (8), por volta das 6h, a Rodovia Estadual TO-404 foi obstruída por famílias do Acampamento Carlos Marighella, ligado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Segundo os organizadores, mais de 200 famílias participaram da mobilização para cobrar do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) a conclusão de vistorias e o assentamento em áreas que teriam sido prometidas aos moradores.

O MST informou que a demanda refere-se, principalmente, à vistoria de duas terras públicas da União em Araguatins: as fazendas Sant Hilário e Água Amarela. A entidade afirma que o título de propriedade da Fazenda Água Amarela, com 951,7860 hectares, já foi cancelado. Sobre a Fazenda Sant Hilário, o movimento aponta decisão favorável do Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Civil Ordinária 847, que valida o processo de desapropriação para fins de reforma agrária.

Ainda conforme o MST, a Polícia Militar do Tocantins esteve no local e agentes, segundo relatos de manifestantes, alguns sem identificação, teriam usado spray de pimenta contra participantes da ação, inclusive crianças. Mesmo assim, as famílias permaneceram na rodovia até a negociação com as autoridades.

O INCRA informou que manteve diálogo com representantes do movimento, do MST e com a Polícia Militar, e que houve compromisso de realizar a vistoria na Fazenda Santa Hilário ainda neste mês de setembro. Após esse entendimento, as famílias desocuparam a rodovia. A autarquia acrescentou que uma equipe de dirigentes estará na região nesta terça-feira (09) para reunião com os acampados.

Em nota, o INCRA também ressaltou que tem retomado a política de reforma agrária no estado, com a criação de novos assentamentos e a publicação de editais de seleção de famílias desde 2023.

O MST exige, além da vistoria, a presença da diretora de Obtenção de Terras do INCRA Nacional, da Câmara de Conciliação Agrária e da Ouvidoria Nacional do INCRA para acompanhar as tratativas. Até o fechamento desta reportagem, não havia divulgação de posicionamento oficial da Polícia Militar sobre as ocorrências relatadas durante a mobilização.

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