Um caminhoneiro ainda não identificado furou o bloqueio do pedágio municipal instalado na Rodovia TO-126, dentro do perímetro urbano de Tocantinópolis, no último sábado (5). O caso foi registrado por um dos fiscais que estava de serviço no local e o vídeo da ação começou a circular nas redes sociais na manhã desta terça-feira (8).
Segundo informações apuradas, o prefeito Fabion Gomes (PL) teria tentado impedir a divulgação das imagens, mas não conseguiu conter o vazamento. O vídeo rapidamente ganhou repercussão, gerando críticas e debates nas redes sociais sobre a legalidade e a eficácia da cobrança implementada pela gestão.
Para tentar amenizar o desgaste, aliados do prefeito passaram a divulgar a versão de que o caminhoneiro teria sido interceptado após furar o bloqueio e obrigado a pagar R$ 5 mil para seguir viagem. No entanto, até o momento, não há qualquer documento ou comprovação oficial que dê veracidade a essa versão dos fatos.
A cobrança polêmica
A criação do pedágio municipal se deu após o aumento do fluxo de caminhões em Tocantinópolis, provocado pelo desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek, que liga Estreito (MA) a Aguiarnópolis (TO). Aproveitando a movimentação, a prefeitura encaminhou à Câmara Municipal um projeto de lei que autorizava a cobrança de uma taxa de R$ 50 por caminhão para trafegar pela cidade.
Com maioria folgada no Legislativo, o projeto foi aprovado em tempo recorde e a cobrança entrou em vigor nos últimos dias, gerando forte reação entre motoristas e parte da população, que consideram a medida abusiva e oportunista.
Repercussão
A atitude do caminhoneiro e a divulgação do vídeo acirraram ainda mais os ânimos em torno do pedágio. Nas redes sociais, internautas classificam o episódio como um “desrespeito à ordem”, enquanto outros defendem o motorista, alegando que a cobrança é injusta e sem respaldo técnico ou legal suficiente.
A Prefeitura de Tocantinópolis ainda não se pronunciou oficialmente sobre o episódio.