No início da tarde deste domingo (1º), uma carreta da empresa Dubido, sediada em Tocantinópolis, atolou na saída da balsa no setor Beira Rio, um dos principais pontos de acesso para veículos pesados na cidade.
O incidente voltou a levantar questionamentos sobre a taxa viária de R$ 50,00 imposta a caminhoneiros e motoristas de ônibus que entram ou saem do município.
O pedágio, instituído por meio de um projeto de lei enviado à Câmara Municipal pelo prefeito Fabion Gomes, foi justificado como uma medida para arrecadar recursos destinados à manutenção e melhoria das vias urbanas — especialmente aquelas com maior fluxo de veículos pesados. No entanto, o episódio deste domingo reforça a crítica recorrente de que nenhuma melhoria efetiva foi realizada nas ruas mais afetadas, mesmo após meses de cobrança da taxa.
Moradores e motoristas reclamam da falta de transparência sobre os valores arrecadados e a destinação dos recursos. Até o momento, a Prefeitura não apresentou um relatório público detalhado com informações sobre quanto já foi recolhido com o pedágio e quais obras foram executadas com esses recursos.
“A situação do Beira Rio não é nova. Esse trecho sempre precisou de atenção, principalmente com o aumento do tráfego de caminhões. O problema é que agora estão cobrando e a condição das vias continua a mesma ou pior”, relatou um morador que presenciou o ocorrido.
O vídeo que mostra a carreta atolada circula pelas redes sociais, acompanhado de críticas à gestão municipal e à falta de retorno dos valores pagos pelos motoristas. Para muitos, o caso evidencia que o objetivo da taxa vai além da simples melhoria da infraestrutura e levanta suspeitas sobre o verdadeiro destino do dinheiro público arrecadado.
Enquanto o poder público não apresenta respostas concretas, o que se vê são cenas como a deste domingo: veículos atolando em vias sem manutenção e uma população cada vez mais insatisfeita com a ausência de ações práticas por parte da administração municipal.