A Polícia Federal deflagrou hoje a “Operação Duplo Ardil”, com o intuito de desmantelar um suposto esquema criminoso voltado para fraudar benefícios de salário-maternidade no estado do Tocantins. A operação resultou no cumprimento de dois mandados de busca e apreensão nas cidades de Gurupi e Araguaína.
As investigações revelam que o grupo criminoso teria fraudado centenas de benefícios, causando um prejuízo superior a R$ 1 milhão aos cofres públicos. O esquema consistia em cooptar mulheres que haviam se tornado mães recentemente, fabricar vínculos empregatícios fictícios em nome delas e, posteriormente, solicitar o benefício junto à Previdência Social.
Após a liberação das parcelas do benefício, as beneficiárias eram pressionadas a repassar metade do valor recebido aos integrantes do grupo. Em alguns casos, as mães sequer tinham ciência da fraude e eram surpreendidas com dívidas junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Os envolvidos poderão ser indiciados por estelionato majorado e associação criminosa, conforme os artigos 171, 83°, e 288 do Código Penal. As penas para tais crimes podem resultar em até 9 anos e 8 meses de reclusão.
O nome “Duplo Ardil” da operação faz alusão à estratégia do grupo, que enganava simultaneamente a Previdência Social e as próprias beneficiárias, utilizando vínculos empregatícios fictícios para a obtenção ilícita dos benefícios.
Essa operação destaca a importância da vigilância contínua e da colaboração entre as autoridades para coibir fraudes que afetam diretamente a seguridade social e a integridade financeira do país. A Polícia Federal continua as investigações para identificar todos os envolvidos e garantir que os responsáveis sejam levados à justiça.