O que deveria ser uma celebração da tradicional Cavalgada da Integração, no povoado Floresta, em Wanderlândia, no último domingo (25), transformou-se em um episódio de constrangimento e revolta.
O prefeito Djalma Júnior (União Brasil) protagonizou uma cena que chocou o público ao interromper a apresentação do cantor Flaguim Moral, subir ao palco visivelmente embriagado e proferir um discurso agressivo, com ameaças explícitas, gerando vaias e indignação.
Em um vídeo amplamente compartilhado nas redes sociais, Djalma aparece alterado, exigindo respeito por sua trajetória política e relembrando desafios de sua carreira. O tom, no entanto, escalou para ameaças diretas ao público: “Quem não estiver achando bom, é só vir peitar em mim. Tô aqui, vem cá, bora trocar braço, bora trocar bala, porque eu tenho coragem de meter bala na cara de quem peitar em mim”, declarou o prefeito, deixando a platéia atônita.
A reação foi imediata: O público respondeu com vaias, misturadas a alguns aplausos isolados. O vice-prefeito Paderinho (Republicanos) precisou intervir, retirando Djalma do palco. A interrupção abrupta do show principal levou ao cancelamento da apresentação de Flaguim Moral, e a dupla Ramon e Randinho assumiu o palco em um show improvisado, em meio a um clima de tensão e insatisfação.
Desculpas e Repercussão
Na manhã desta segunda-feira (26/5), após a grande repercussão do caso, o prefeito publicou um vídeo em suas redes sociais pedindo desculpas à comunidade. Ele atribuiu o comportamento inadequado ao consumo excessivo de álcool. “Acordei cedo e vi a repercussão das minhas palavras de ontem. Reconheço o meu erro e quero pedir desculpas à minha comunidade. Bebi a mais, me empolguei e falei muita besteira. Não sou uma pessoa violenta, não tenho arma. Me desculpem e vamos trabalhar para que essas coisas não aconteçam mais”, afirmou Djalma.
O incidente gerou debates nas redes sociais e entre moradores de Wanderlândia, com críticas à conduta do prefeito e questionamentos sobre sua postura como representante público. Até o momento, não há informações sobre medidas administrativas ou legais em resposta ao ocorrido.