Em meio a uma controvérsia envolvendo a prisão de Thiago Barbosa de Carvalho, sobrinho do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, o secretário de Segurança Pública do estado, Deusiano Pereira de Amorim, deixou seu cargo.
A saída ocorreu após a repercussão de um ofício zeloso enviado ao ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), expressando preocupações sobre a custódia de Thiago.
Thiago, ex-assessor do Ministério Público do Tocantins, foi detido em março durante a Operação Sisamnes, que investiga um suposto esquema de venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Desde então, ele estava preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas, o que levou o governo estadual a tentar sua transferência para uma sala no Comando-Geral da Polícia Militar, citando preocupações com sua segurança.
No documento enviado ao STF, Amorim não mencionou explicitamente o parentesco de Thiago com o governador, mas destacou o cargo de destaque que o advogado ocupava no MP. Ele argumentou que a presença de Thiago na prisão estava causando distúrbios e que a situação exigia um grande esforço para manter a ordem e a rotina no local.
A polêmica culminou na exoneração de Amorim a pedido, conforme publicado pelo governo na última quarta-feira, 14.