Um crime de feminicídio ocorrido na noite da última quinta-feira (11), em Tocantinópolis, ganhou contornos ainda mais dramáticos após a divulgação de mensagens de áudio enviadas pela vítima antes de ser assassinada.
Thallyta Amâncio da Silva Fernandes de 27 anos, brutalmente morta com pelo menos 15 facadas em sua residência, no setor Rodagem, havia relatado a uma pessoa, por meio do aplicativo WhatsApp, que estava com medo de ficar sozinha em casa e temia que seu ex-companheiro pudesse lhe causar algum mal.
Nas gravações, Thallyta mencionou que o pai já havia expressado preocupação com o relacionamento e aconselhado a filha a se afastar de Aurélio Ribeiro Coelho, de 41 anos, apontado como principal suspeito do crime.
“Eu não quero nem saber mais, entendeu? Vou me afastar mesmo, porque não tá fazendo diferença. Até meu pai reparou nas coisas e me deu apoio total. Mas eu sei que ele não vai aceitar fácil assim largar dele não… eu tenho medo até de ficar só em casa”, disse Thallyta em um dos trechos dos áudios.
A vítima também mencionou que pretendia se abrigar na casa de uma amiga enquanto o pai estivesse viajando, justamente por não confiar no comportamento do ex-companheiro.
Segundo as investigações iniciais, Aurélio não teria aceitado o fim do relacionamento e, na noite do crime, invadiu a casa de Thallyta, desferindo os golpes fatais. O corpo foi encontrado no quintal da residência, que ficou ensanguentado após o ataque.
Thallyta, mãe de dois filhos, teve sua vida interrompida de forma trágica, apesar dos alertas que já dava sobre o risco que corria.
As polícias Civil e Militar continuam em diligências na tentativa de localizar e prender o suspeito, que segue foragido. As autoridades pedem que qualquer informação sobre o paradeiro dele seja repassada imediatamente às forças de segurança.